Viva poesia Viva

1.4.08

Olhando para a cidade.

A vida no seu caminhar encanta, como aurora perdida em cantos no amanhecer, como as oito da matina na Lapa ou sob o viaduto de Madureira. Cidade partida entre vias, trilhos e tiros. Passando seres desapercebidos, em passos desengoçados entre a manhã e a madrugada. Não sei mais se cidade ou se uma vila que outrora tinha seu glamour de Belle Époque. Olhando as torres do municipal e lembrar da cidade luz, na cidade sol, com outros adjetivos naturais: montanha, floresta e mar. Mistura dos elementos da natureza, num caldeirão alquimista: terra, fogo, água e ar. Seu povo pendurado nas encostas ou submersos em enchentes nas várzeas, à esperar o passo entre a aboliçao e a sociedade. Senhores de engenhos e aristocracia a desfilar nos mais belos salões de festas. Seu mote é parar! No carnaval! Com forças divinas a dar o aval. Espetáculos de luz e cor, seja na Marquês de Sapucaí, Rio Branco ou quilhões da Central. A contrastar entre os suvacos fedorentos de blocos vespertinos à paêtes de gala do desfile do Glória. Ah São Sebastião! Proteja seu povo. ainda mais no dia do jogo do Mengão! Faz você cidade recortada entre a montanha e o mar, ondular como o calçadão de sua princesinha a beira mar.

André Negreiros.