Viva poesia Viva

30.5.07

Itabira

Em recente trabalho de campo pelo quadrílatero ferrífero, me impressionou em uma visita a cia. Vale do Rio Doce, a grandeza de transformações associadas ao processo de produção da mineração. Lugar de transformações aceleradas pela chegada da corrida do minério. Itabira esconde em sua serra a natalidade da poesia de Carlos Drumond de Andrade e nuvens de poeiras tóxicas!!! segue abaixo uma poesia como forma de expressão!!!


Itabira

Em montanhas de ferro,
um olhar a dislumbrar,
cidade partida, desmonte,
cifras rasgantes em vagões de trem.


Ferro pomposo, natal de Drumond.
Poesia Ferrífera em atmosfera,
como olhar perdido de uma era.

Alicerces de aço ou de puro minério
em ações na bolsa
ou no necrotério.

12.5.07

De volta

Caros amigos, a pedidos volto a postar poesias após um ano, espero que agora eu tenho mais disciplina e lembre de colocar umas novas. A poesia a seguir foi feita em um dia cinza em São Paulo, prestes a uma reunião chata que iria durar horas....


Itaim


Entre prédios, pensamentos
vivo em torno, giro, ouço
o que o cinza tem a me dizer?

Quadrados, xadrez cinza.
Negócios, perdidos no meio
de casamentos e divórcios.

Me perco pensando e olhando,
Quão mais são, mais vivo,
quão mais vivo, mais penso.

O hoje! porquê o amanhã angustia
vejo o céu e não sei, se é
noite ou será dia.